Tal como prometi, aqui ficam mais algumas cantigas de amigo. São todas paralelísticas (aquela estrutura que aprendemos na aula), de vários autores e só a última está completa.
Para que não haja dúvidas quanto à estrutura, colori bem a primeira. Se houver dúvidas na interpretação é só perguntar.
Per ribeira do rio vi remar o navio, e sabor ei da ribeira. Per ribeira do alto vi remar o barco, e sabor ei da ribeira. Vi remar o navio; i vai o meu amigo, e sabor ei da ribeira. Vi remar o barco; i vai o meu amado, e sabor ei da ribeira. I vai o meu amigo, quer-me levar consigo, e sabor ei da ribeira. JOÃO ZORRO |
Vaiamos, irmana, vaiamos dormir [en] nas ribas do lago, u eu andar vi à las aves meu amigo. Vaiamos, irmana, vaiamos folgar [en] nas ribas do lago, u eu vi andar à las aves meu amigo. En nas ribas do lago, u eu andar vi, seu arco na mãao as aves ferir, à las aves meu amigo. En nas ribas do lago, u eu vi andar, seu arco na mãao à las aves tirar, à las aves meu amigo. Seu arco na mãao as aves ferir, à las que cantavam leixa-las guarir, à las aves meu amigo. Seu arco na mãao à las aves tirar, à las que cantavan non nas quer matar, à las aves meu amigo. FERNANDO ESQUIO |
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Non chegou, madr’, o meu amigo, e oj’est’ o prazo saído! Ai, madre, moiro d’amor! Non chegou, madr’, o meu amado, e oj’est’ o prazo passado! Ai, madre, moiro d’amor! E oj’est’ o prazo saído! Por que mentiu o desmentido? Ai, madre, moiro d’amor! E oj’est’ o prazo passsado! Por que mentiu o perjuradoo? Ai, madre, moiro d’amor! D.DINIS |
Eno sagrado, en Vigo, bailava corpo velido: amor ei! En Vigo, en no sagrado, bailava corpo delgado: amor ei! Bailava Corpo velido, que nunca houvera amigo: amor ei! MARTIM CODAX |
Nota: aqui ao lado pus links para páginas com iluminuras: abram-nas e inspirem-se para os vossos trabalhos. Espero que gostem!
Fátima Stocker
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