(Antes de começar: alguém, porventura, já reparou e sabe o significado daquelas letrinhas que estão sobre Roma, no mapa do cabeçalho?)
O Urbanismo Romano
A planta que aqui se apresenta é uma planta-tipo: não corresponde a nenhuma urbe em especial, mas respeita o conjunto de regras que o urbanismo romano foi desenvolvendo ao longo de mil anos de História.
Como se pode observar, a urbs está rodeada de uma muralha (com torres de vigia) e tem planta rectangular. A cidade divide-se em módulos, separados entre si por ruas paralelas de dimensões iguais. Duas ruas, no entanto, têm dimensões maiores: o Cardo (sentido N-S) e o Decumanus (sentido E-O), desembocando cada uma delas nas quatro portas da cidade. No local em que estas duas ruas se cruzam fica o fórum e o mercado, ou seja: os espaços e edifícios mais importantes.
As dimensões dos módulos em que se divide a cidade determinam o tamanho dos espaços públicos. Assim, por exemplo, o mercado corresponde a um módulo. Apesar destas regras, ao longo do tempo surgiram construções tão grandes que as contrariam, sobretudo em Roma.
A monumentalidade e a utilidade são as características essenciais das construções romanas. Ficam aqui alguns exemplos disso (coloca o rato sobre a imagem para leres mais informações).
Na página maquettes historiques podes divertir-te a ver reconstituições de Roma antiga. É uma página em francês, mas as imagens são magníficas.
Responde, agora, aos seguintes exercícios:
1 – A quantos módulos corresponde cada um dos espaços mencionados na planta?
2– Qual a utilidade de construções como os arcos do triunfo e as colunas triunfais?
Fátima Stocker
1 – Identifica no mapa as fronteiras europeias do Império Romano.
2 – Localiza no mapa as principais províncias do Império Romano.
3 – Identifica países actuais que foram províncias do Império Romano.
4 – Conhece as províncias em que foi dividida a Hispânia.
5 – Conhece o nome latino e actual das principais cidades romanas em solo português e indica o nome pátrio dos naturais dessas cidades.
6 – Justifica a designação de Mare Nostrum dado pelos romanos ao Mediterrâneo.
7 – Indica, explicando a respectiva importância, os principais factores de unidade do Império.
8 – Caracteriza cada um dos grupos sociais de Roma.
9 – Explica o que entende por mobilidade social.
10 – Distingue o modo de vida dos poderosos do modo de vida das camadas inferiores da sociedade romana.
11 – Indica os organismos de poder durante a República.
12 – Prova que Díon Cássio tem razão quando define o império como “uma monarquia disfarçada”.
13 – Conhece o papel de alguns protagonistas da História: Cipião; Aníbal Barca; Viriato; Galba; Júlio César; Vercingetórix; Augusto.
1 – H ABITAÇÃO
1.1 - Domus
As pessoas poderosas de Roma viviam em casas particulares, as domus.
Na domus, à excepção do átrio (atrium) cada divisão tinha uma função específica. Assim:
A entrada – fauces – dá acesso a um pequeno espaço, o vestibulum, atrás do qual se abre o atrium que é o espaço central da domus. A sua abertura superior (compluvium) permitia a entrada da água da chuva que caía num pequeno tanque (impluvium), ligado a uma cisterna destinada a armazenar essa água. Num recanto do atrium fica o lararium , altar destinado ao culto doméstico.
O atrium fornece a luz necessária às divisões que o circundam, nomeadamente, o triclinium utilizado para as refeições do dia-a-dia e o tablinum, escritório do dono da casa, utilizado como sala de reuniões com pessoas que não fossem da família.
Um pequeno corredor liga o atrium ao peristylium – segundo pátio interior. Como o nome indica, estava rodeado de colunas e era embelezado com arbustos, flores, estátuas, etc. Junto ao peristilo estão os cubicula (cubiculum: quarto de dormir), a exedra (sala destinada aos banquetes) e também os banhos, apenas nas casas mais ricas. Muitas casas ainda tinham um segundo jardim.
Como já deves ter reparado, a casa romana está toda voltada para o interior. A entrada de serviço fazia-se pelo posticum. À entrada de algumas domus havia tabernae (sing.: taberna) que eram lojas do dono da casa que aproveitava para, nelas, vender os produtos das suas propriedades rurais.
O mobiliário romano era escasso, mas isso era compensado pela riqueza dos materiais com que a casa era construída e decorada: chão de mosaico (aquecido por um sistema de aquecimento central) paredes de mármore ou decoradas com belas pinturas.
1.2 – Insulae
A maioria dos romanos habitava em apartamentos arrendados (cenacula) em prédios de habitação: as insulae. Como podes ver pela imagem, o aspecto exterior não era nada mau, mas…
Varandas e janelas sem vidros arejavam o interior; não havia chaminé nem cozinha (cozinhava-se em fogareiros e os moradores aqueciam-se com braseiras); não existia água nos andares (e alguns destes prédios chegavam a ter sete andares!) e, naturalmente, os mais pobres sujeitavam-se a morar nos andares de cima. O preço da renda subia constantemente. O rés-do-chão de cada insula era ocupado por lojas, também arrendadas pelo proprietário.
Pelas características destas habitações, o perigo de incêndio era constante, para já não falar nas doenças provocadas pela falta de higiene.
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